Todas as vezes que viajo, volto triste. Não que a viagem tenha sido ruim, ou que algo aconteceu. Eu vejo o meu passado, e de certa forma isso mexe comigo. Voltar as origens, ver as possibilidades perdidas, as vitórias e as derrotas, ver aqueles que lá ficaram, aqueles que pra lá voltaram. É estranho.
Se fico mais de 5 dias lá, me sinto impregnado por aquele conformismo tentador, de fazer o nada e se sentir cansado. Achei que pelo menos o amor fosse suficiente, fosse uma bóia que me impedisse de afundar. As vezes é uma ilusão, que me sustenta na superfície, que faz admirar Sininho, Peter Pan e toda a turma voando, felizes, esquecendo dos problemas que ainda estão lá, esperando sua solução. Mas essa bóia já me afundou algumas vezes. Ainda bem que sei nadar.
Acho que a palavra é estagnado. Sempre que vou pra "terra do nunca" me sinto sufocado. É como se tivesse medo de voltar a viver aquilo novamente. Viver aquele lugar que por mais divertido que é, sei que não me pertence mais. É como uma sereia, que canta ao seu ouvido, te seduz com sua beleza, enquanto te leva pra morrer no fundo do mar. E por mais absurdo que seja, você vai. E feliz.
Por mais que eu me importe com aqueles que ficam, que gostam dessa vida de pó mágico e comida imaginária, não sei se adianta alertar que o Capitão Gancho ainda existe. E ele já está bem grandinho pra ter medo de qualquer tic-tac...
A questão não é SE ele voltar. É QUANDO ele voltar.
Morrer fingindo ser feliz é a pior mentira que o homem inventou.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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There's always a siren singing you to shipwreck...
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